segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Música da Semana


Jamiroquai - Half the Man

Yesterday I was half the man I used to be
Maybe that's because you're the other half of me
Like the Spring in bloom
The summer of our love is soon
Every bird will sing
The melody of our love tune

Sent down from above
Unconditionally love
Likened to a flower
Stronger love grows by the hour
Stormy weather days
Make us go our separate ways
Where our love was so at ease
Now you got me down on my knees

Yesterday I was
Brighter than the morning sun
Now my love is lost
And lonely days have just begun
A solitary chair
For a silent love affair
A king has lost his throne
And now he sits alone

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Música da Semana

Angelo Badalamenti
Dance of the Dream Man
Banda Sonora de Twin Peaks

Prémio Action-Man

Dedicamos o nosso primeiro Prémio "Action-Man" ao nosso Fã nº 1*



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Por este mundo fora...

Há alguns dias que recebi uma ideia da nossa comadre Panasca para postar uma notícia "Insólita" que veio no Público.
Aprender a beijar em Seattle

Nem todos os homens e mulheres gostam dos mesmos exercícios e posições sexuais. Uns preferem assim, outros não gostam disto e daquilo. Enfim, o sexo é uma área onde o aforismo "cada cabeça sua sentença" encaixa na perfeição. Existe, no entanto, um consenso alargado acerca do beijo. Que o diga Cherie Byrd, psicoterapeuta, 56 anos, professora em Seatle da arte de beijar, que esta semana chegou aos 500 alunos. A ideia surgiu em 1998, depois de Cherie ter namorado um homem que era péssimo "beijador". O curso custa 275 dólares e os casais têm de levar para as aulas sacos-cama e almofadas.

O tema é curioso, até porque sou beijoqueiro e não sou esquisito. Gosto deles de qualquer forma: ao de leve, à bruta, roubados, consentidos, prolongados, eu sei lá. Agora pagar!? 275 dólares??? Ora mais ou menos 50 contos vezes 500 alunos... err..... façam as contas (O Guterrismo está na ordem do dia). Dava para uma boa entrada para um apartamento!!! Consultem o link, mas se tiverem dúvidas eu e o Bruno podemos fazer demonstrações ao vivo, e cobramos menos!!! (NOT).

Por falar em Público, já reparam que está de cara lavada? A sua edição de hoje está cheia de pérolas imperdíveis, ora vejam:

Actor desiste do filme "Eucalyptus"
Russel Crowe não mostra partes íntimas

Três dias antes do início das filmagens de "Eucalyptus", o actor Russel Crowe cancelou a sua participação, alegadamente porque não querer exibir perante as câmaras as suas partes mais íntimas.
A película, que conta com a actriz australiana Nicole Kidman no elenco, teria uma cena em que Crowe deveria mostrar o seu pénis à jovem rainha Elizabeth, mas o protagonista de "Gladiador" recusou-se.
E nem os esforços da produção resultaram: propuseram ao actor neozelandês a utilização de um membro falso, dando-lhe inclusivamente a possibilidade de escolher entre vários. No entanto, Russel Crowe não cedeu, de acordo com o que foi escrito pelo jornal britânico "The Sun".
Estou mesmo a ver os produtores em reunião com o bonzão do Crowe, com uma série de "membros" directamente vindos das melhores sex-shops de Amesterdão
- Olha lá Crowe, olha lá este. Não é giro? Ahn? É pequeno? Olha...Arranja-se outro... olha este, que tal... não combina com o teu tom de pele? Mas este é bem viril! Bem grande! Não???... hmmmm... então e este??..." Enfim... coisas à Hollywood.

Na sua edição de hoje o Público ainda nos revela mais uma pérola:
Cientistas vão enviar 50 caracóis para a Estação Espacial Internacional

Mais de 50 caracóis vão ser enviados na próxima semana para a Estação Espacial Internacional (ISS), onde serão submetidos a experiências biológicas, avançou a agência russa Itar-Tass. (...) Alojados em contentores especiais, os caracóis chegarão à estação orbital a bordo da nave de carga Progress M-52, cujo lançamento está previsto para a próxima segunda-feira do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Se houvessem austronautas portuguesas da Estação Espacial, estou convencido que os caracóis não iriam durar muito. Ora, como é sabido que os portugueses não passam muito tempo sem umas boas "mines" Sagres, com os caracóis ali a jeito, seria só uma questão de tempo até eles ficarem na cova de um dente... E bye-bye experiências científicas...

Voltarei...

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Volto em breve


Estou a precisar de fazer umas "férias"!

Mas não se preocupem que eu...



volto em breve!

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Dia de S. Valentim I


If music be the food of love, play on,
Give me excess of it, that, surfeiting,
The appetite may sicken and so die.

William Shakespeare, Twelfth Night (Noite de Reis)

Dia de S. Valentim II

Mas porque será que resolveram colocar o Dia Europeu da Disfunção Eréctil, a 14 de Fevereiro, dia dos Namorados?!?!
Só pode ser piada...

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Dom Duarte recusa-se a levar rissóis para casamento real espanhol

A casa real portuguesa está envolvida numa polémica iniciada desde o convite de D. Duarte Pio e de D. Isabel para o casamento do herdeiro do trono espanhol . O motivo do ultraje prende-se com a inclusão no convite de um post scriptum com a indicação ?É favor levar rissóis de carne e peixe para 900 convidados. De camarão não.?

Para Albano João Francisco Fernando José António, conde da Rechaldeira e porta-voz da casa de Bragança, ?é uma falta de respeito não apenas para com o duque mas para com todos os homenzinhos estranhos de voz nasalada e bigode duvidoso e o país em geral.? Para os monárquicos este pedido invulgar só pode ser uma brincadeira maldosa de alguém ligado ao protocolo da família real espanhola e que tem a ideia errónea e estereotipada de que os portugueses têm algum talento inato para lidar com fritos.

Rissóis à parte, esta foi a primeira vez que o duque de Bragança foi convidado para estar presente num casamento real, apesar de aparecer sempre de qualquer maneira, desde o quarto casamento do rei da Suazilândia em que faltava um convidado para a empresa de catering fazer um desconto de 20% no preço da boda e o rei das farturas da feira popular tinha outros compromissos.

Um porta-voz do noivo, o príncipe Filipe, tentou serenar os ânimos, referindo que sempre foi prática habitual nos casamentos reais espanhóis pedir aos convidados para trazerem aperitivos variados. No entanto, esse pedido não é endereçado a todos os convidados mas apenas a alguns escolhidos aleatoriamente e sem levar em consideração a sua importância individual no panorama da realeza internacional. Para este casamento, além do pedido a D. Duarte para levar rissóis, o convite enviado ao rajá deposto de Hyderabad, Puram Singh, incluía um pedido de vários quilos de chamussas.

Para o duque, a situação não é tão grave como possa parecer. ?Eu, por acaso, sempre gostei muito de rissóis e toda a gente na minha família sempre soube apreciar um bom frito. Já o rei D. Miguel, meu bisavô, comia croquetes pelo menos dia sim, dia não,? recorda.

Em resposta a uma questão colocada por um grupo de monárquicos portugueses, a casa real espanhola esclareceu que, com efeito, ninguém pediu ao príncipe Carlos de Inglaterra para trazer comida até porque este será uma das damas de honor juntamente com o príncipe Alberto do Mónaco, uma função já de si bastante trabalhosa.

In Inépcia

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Bom Carnaval!

Acompanhado por uma música com muito espírito carnavalesco... aqui ficam algumas imagens e sugestões de leitura sobre o meu Carnaval favorito:


- Programação do Carnaval de Veneza

- História do Carnaval

- Imagens do Carnaval de Veneza

domingo, fevereiro 06, 2005

Música da Semana


Robin Hood - Men in Tights


We're men.
We're men in tights.
We roam around the forest looking for fights.

We're men.
We're men in tights.
We rob from the rich and give to the poor. That's right!

We may look like sissies,
But watch what you say or else we'll put out your lights!

We're men.
We're men in tights
Always on guard defending the people's rights.

La, la, la, la, la, la, la, la, la,
La, la, la, la, la, la, la, la, la,
La, la, la, la, la, la, la,
La, la, la, la, la, la, la, la, la,
La, la, la, la, la, la, la, la, la,
La, la, la, la.

We're men. Manly men!
We're men in tights. Yes!
We roam around the forest looking for fights.

We're men.
We're men in tights.
We rob from the rich and give to the poor. That's right!

We may look like pansies,
But don't get us wrong or else we'll put out your lights!

We're men.
We're men in tights, tight tights,
Always on guard defending the people's rights.

When you're in a fix,
Just call for the men in tights.
We're butch!

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Portugal, oitocentos.

"O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

Eça de Queiroz, in As Farpas, 1872
Pasme-se que este texto é tão velhinho e tão actual! Há 133 anos, deram-se as Conferências do Casino, hoje joga-se no casino, dantes passeava-se no Passeio Público, hoje vai-se ao Colombo. Antigamente, ia-se à Ópera no S. Carlos, hoje o S. Carlos vai à Ópera. O poder em finais de oitocentos oscilava entre os Liberais e os Conservadores, hoje entre o PS e o PSD. Nada mudou, oh meu dEus, nada mudou...

Portugal, Portugal

Acordei não há menos de uma hora e meia com esta música do Jorge Palma na cabeça:

Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar


quinta-feira, fevereiro 03, 2005

S. contra S., parte III


Segundo o Sapo:

"20h00 - José Sócrates chega ao estúdio da Valentim de Carvalho confiante e diz estar "habituado" a estas andanças da caracterização e dos camarins."

Será caso para dizer que José Socrates é mais plumas e lantejoulas?! :-p

S. contra S., parte II


Frase de Santana Lopes:

"Vamos baixar os impostos indirectos, especialmente sob o automóvel, para que os agregados familiares mais debilitados, com mais dificuldades económicas e com necessidades básicas de subsistência possam ficar mais aliviados..."

Pergunto eu: Será que os agregados familiares mais debilitados, com mais dificuldades económicas e com necessidades básicas de subsistência têm ou podem ter automóvel!?!?!?

S. contra S., parte I


Não foi uma tristeza ver o Sócrates quase a fazer birra e a dizer:

- "Mas eu não sou homossexual, pá!"
- "Oh pá, mas eu não sou bicha!"
- "buááá, buááá... Eu não sou gay! buáááá, buááá´."

Preparem as vossas ...



e façam umas...



o debate vai começar dentro em breve.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Dúvidas existenciais I


A propósito do post anterior, mencionei a marca Rexina, internacionalmente conhecida como Rexona. Em tempos, lembro-me de ver nos escaparates dos supermercados sabonetes com esta última designação. "Sabonetes Rexona, bons para lavar a c***" - dizíamos nós na escola. Depois suavizaram o nome para Rexina, nome mais feminino, mas não menos estúpido em português. Só recentemente voltou à designação antiga.

É como mudar o nome de um hipotético produto chamado Faralho para Fénis.

Olhar estrábico para o homem que vê sempre em frente...



Em cima, estão Ted Allen, Kyan Douglas, Thom Felicia, Carson Kressley e Jai Rodriguez, os fabulosos cinco - não confundir com "os Cinco" da Enid Blyton - que animam as terças-feiras na Bravo Tv. Segundo notícias do Público, a SIC prepara-se para introduzir este reality show na sua grelha de programas, tendo já contactado algumas celebridades do show-bizz para o protagonizarem.

No original, o "Queer Eye for the Straight Guy" - donde deriva o título deste post numa adaptação muito... muito livre - é uma série que tem feito furor nos EUA e um pouco por toda a parte onde tem sido exibida (à excepção dos países mediterrânicos, onde tem recebido fortes críticas e baixas audiências). O programa tem a duração de uma hora e pretende construir um melhor homem hetero, ou se preferirem no inglês building a better straight man através dos conselhos de cinco gays "especializadíssimos" nas mais variadas áreas, que vão desde a moda à decoração, da cozinha à cultura.

Nunca vi o programa no original, mas do que pude perceber, trata-se de uma tentativa de desconstrução de género, ou melhor, de desconstrução de identidade. Isto é, um programa sobre como é possível transformar um bronco num príncipe encantado - leia-se de um hetero num metrossexual - capaz de seduzir mulheres, melhorar as suas relações no trabalho, vestir-se bem, ser um verdadeiro especialista em vinhos, decoração e um conhecedor em dez lições práticas e concisas das últimas tendências da moda e da vanguarda cultural e artística. No fundo, com as devidas distâncias, é um pouco parecido com aqueles anúncios da Tv Shop, onde tristes e desgostosas mulheres de cabelo eriçado, dentes tortos e sujos, com a pele a escamar se tornam, da noite para o dia, em belas princesas penteadas, sorridentes e com um banho tomado com Rexina.

A ser como li, o programa não é mais do que uma espécie de cocktail mixer para baralhar os géneros e voltar a dar, que explora o universo gay de uma forma dissimulada. Por um lado, coloca as coisas de uma forma maniqueísta. De um lado da barricada estão os gays, que na visão do programa são os expertises, os mais treinados, de olhar acutilante ditando as tendências e a moda. São eles os verdadeiros responsáveis pela transformação do bimbo, que é posto nesta situação pelas suas gajas. Por outro, há aqui como uma espécie de insinuação sexual, apelando a um dos mais antigos fetiches gay, que é o de conquistar e dominar um hetero fazendo com que este tenha uma relação gay. (Façam uma pesquisa no google sobre o tema, e verão que o que não falta são sites com esta temática). Afinal quantos de nós nunca olhou para o "gajo do lado", sabendo que ele é mais hetero que o Papa, e não o desejámos, ou que os mais afoitos não o tentaram embebedar para conseguirem ir com ele para a cama? E que o facto dele ser hetero não nos deixou ainda mais em pulgas!?

Não pretendo com este post, que já vai longo, fazer um tratado sobre questões de género. Aliás, só a partir do título deste programa muitas discussões se poderiam travar em múltiplas direcções. Onde eu quero chegar com tudo isto é tentar perceber, porque é que sempre que se fala em qualquer coisa gay, fica tudo muito excitado, tudo aplaude só porque aparece na Tv. Como se a mera visibilidade de actores gay, ou personagens gay a qualquer custo fosse realmente mudar as mentalidades, resolver os nossos verdadeiros problemas, ou se pelo contrário, essa visibilidade por vezes nos torna ainda mais palhaços.!?

Acharíamos igualmente piada a uma coisa como um "Straight Plan for the Gay Man"?

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Express Yourself

Horas de trabalho investido!
Dias de discussões e reuniões!
Semanas na internet!
Dezenas de e-mails!
Meses de leituras técnicas!
Folhas e folhas de relatórios!
Horas ao telefone com empresas!
Horas gastas em reuniões de demonstração de produtos!
Apresentação de orçamentos detalhados e com custos previstos ao pormenor!
Aprovado no pré-orçamento de Novembro para 2005!

E... agora dizem-me que não há dinheiro!!!

Dizem-me que vai ser necessário aplicar grande parte desta verba noutra coisa com menos importância mas com mais visibilidade!

AAAAAAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Como diz o Fernando Rocha (de quem não gosto nem um bocadinho... vejam lá como eu estou!):
- P*** que pariu!

Peço desculpa se vou ofender alguém mas estou mesmo a precisar de dizer isto:

F word, C word, F da P words, C da T words, P word, C que os F words...

Casei-o comigo, sem lhe ter pedido a mão...

Aqui há uns dias, eu e o Bruno, resolvemos [finalmente] abrir a nossa primeira conta conjunta. A ideia era ter uma conta onde pudéssemos juntar uns cobres para as nossas despesas comuns. Como ainda não moramos juntos, leia-se despesas comuns, as despesas para as nossas férias, viagens, etc, etc.

Até aí nada de mais. O engraçado foi a nossa ida ao banco para tratar da abertura da nossa conta. Quando lá chegámos tirámos a senha da praxe, e ainda tivémos de aguardar uns bons 20 minutos para sermos atendidos. Tivémos então tempo para observar o ambiente à volta e, sobretudo, para repararmos em dois gajos que estavam a atender no balcão.

Claro que a nossa conversa foi em tom de gozo, sobre qual seria a reacção dos "amiguinhos" ao verem dois marmanjos como nós a abrir uma conta conjunta. Claro que, quando se trata de depositar dinheiro, poucas perguntas são feitas, ao contrário do que acontece quando o pedimos emprestado...

Lá caíu o nosso número e dirigimo-nos muito compostos para sermos atendidos por um dos tais rapazitos de que já falei em cima. Escusado será dizer que o meu gaydar apitou logo de imediato e nem foi preciso olhar para o Bruno, para perceber que o dele também tinha apitado. Como o tom já era de gozo, evitámos olhar um para outro para que não nos desmanchássemos a rir da situação à frente do sujeito. Ficámos muito quietinhos e metemos um ar muito hetero para baralhar a criatura.

Quando nos sentámos, o homem ficou algo nervoso (vá-se lá saber porquê...devia ser estagiário). E era tudo mimos, atenções redobradas, Sr. Miguel para aqui, Sr. Bruno para ali, papéis para assinar, muitas explicações, mais papéis, Sr. Miguel assine aqui, Sr. Bruno assine acolá.

Numa dessas voltas com os papéis, vai da minha ilustre persona meter H2O, como é meu apanágio. Ao colocar os nossos nomes no talão do depósito, toca de escrever o meu nome completo e o nome do Bruno... eis senão quando, vejo o Bruno a olhar para mim, com cara de caso e a apontar discretamente para o dito papel. Quando olho para o papel de depósito não contive uma gargalhada sonora, para grande espanto do senhor que nos estava atender. Então não é que em questão de segundos tinha casado o Bruno comigo sem que ele soubesse, e lhe tinha dado os meus dois últimos apelidos?

Pois é... há dias em que o subconsciente fala mais alto.



Bem... vou ali comprar um bolo de noivado, estão todos convidados para o nosso casamento, e que sejamos felizes para sempre.

 

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