terça-feira, janeiro 04, 2005

Ano novo, vida nova (ou nem tanto...)

00:15

De todas as festas que se celebram ao longo do ano, o Réveillon é, de todas, a festa que mais me agrada. Assumidamente pagã, assumidamente festiva, assumidamente inserida numa ideia de um ciclo que, por convenção, se renova a cada 365 ou 366 dias. Há alguns anos atrás a emoção de contar os últimos doze segundos do ano, das passas, da abertura do champagne, de ver um fogo de artifício, era uma emoção muito mais forte que nos dias de hoje. Nesses tempos, costumava fazer uma lista com os meus desejos e promessas para o próximo ano... normalmente pouco cumpridas. Talvez por isso, me tenha deixado disso... Na semana passada, ensaiei um post sobre os desejos para 2005, mas resolvi nunca chegar a postá-lo porque, no meu entender, achei-o demasiado fútil. Queria sobretudo a realização material de ter um contrato na mão, comprar um apartamento, uma prolongada e longínqua viagem com o meu amor e, se não fosse pedir muito, ganhar o Euromilhões. Fútil, não é? Pois foi precisamente por essa razão que esse post nunca viu a luz do dia...

Uma vez mais passei o ano num profundo estado de melancolia, que começa a tornar-se crónico nestes períodos. Apesar de estar rodeado de gente amiga e do puto que eu mais gosto neste mundo, apesar de me ter divertido com todos eles, em alguns momentos, senti que por vezes me evadia daquele sítio onde estive tão bem acompanhado. Para onde ia? Nem mesmo eu sei, e por vezes tive de ser chamado à Terra. Nesses momentos, era percorrido por uma sensação de que todas as projecções que costumava fazer nos anos anteriores, iam gradualmente sendo substituídas por um grande ponto de interrogação. Desta vez, dei-me conta de uma forma muito óbvia que este deve ter sido o meu quarto, ou quinto ano consecutivo com essa dose excessiva de cepticismo. Parece que já não acredito nos ciclos que se renovam. É demasiado tempo para se estar num aparente estado de apatia.

Espero que este ano corra melhor. Aliás, hoje de regresso ao trabalho, após estas curtas férias, as novidades não poderiam ser mais surpreendentes, dado o estado actual do país: Uma vaga, mas muito provável promessa de um contrato por mais 4 anos, aumento de ordenado e finalmente poder dizer adeus aos recibos verdes e dizer olá ao subsídio de férias e de natal (ao menos que sirva para qualquer coisa, já que os meus natais não são tão idílicos como os que descreveu o Bruno em posts anteriores).

A minha mãe também diz que este será o ano dos Carneiros... A acreditar nela, o ano começou bem! Pelo menos já tenho duas coisas boas nesta vidinha do dia-a-dia. Continuo apaixonado e continuo a ter forma de me sustentar, sobretudo num trabalho onde me sinto realizado... já não é nada mau...

E com tudo isto só me resta esperar, e porque já o desejei aos outros, que EU tenha um excelente ano cheio de coisas boas! Tchim-tchim.

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