Muito depois das anunciadas 72 horas estou vivo, de boa saúde e em condições de vir aqui dar algum feedback sobre os últimos acontecimentos. Desculpem-me pelo atraso mas as novidades decorrentes da situação e os afazeres profissionais não têm dado tréguas!
Depois de alguns momentos (poucos) de mais stress e emoções à flor da pele, eis que não me sinto diferente!
Bem... tenho de confessar que me sinto um pouco mais leve, mas não diferente!
Este sentimento tenso que afinal (não) pula asim tanto cá dentro deve ser consequência de um "desarmariar" tardio, que já não se compadece com as emoções explosivas da juventude.
Sair do armário aos 31 anos não é com toda a certeza igual ao fazê-lo às 16, 18 ou 20 anos! Afinal também para isto a experiência de vida conta e dá-nos outra segurança.
Ao longo da nossa vida vamos lendo, ouvindo e pensando neste momento que em fases diferentes da vida acaba por nós encontrar. Lemos histórias mais ou menos trágicas, descrições mais ou menos inflamadas, ouvimos músicas que nos impelem a sermos mais honestos e a viver com maior segurança e sinceridade, vemos filmes e peças de teatro que nos inspiram os sentidos e desafiam a nossa vontade... Mas comigo não foi assim!
Obviamente que me sinto mais leve... mas não diferente como li em tantos textos e imaginei tantas vezes. Sinto-me "anormalmente normal" e calmo!
Confesso que mais do que uma necessidade emocional, senti vontade de assumir a minha sexualidade porque estava estava a ficar asfixiado com as mentiras e as meias verdades, a ocultação de momentos importantes da minha vida e a esquizofrenia de um vida dupla.
Para quem (mente) ou oculta a sua sexualidade de amigos e familiares mais chegados, sabe que esta mentira é um bicho feio, pegadiço e cheio de garras que vai crescendo, fica mais forte e começa a conquistar terreno em todos os planos da nossa vida.
Esta foi a minha principal motivação! Conseguir respirar livremente, não ter de ocupar o cérebro com histórias e esquemas perfeitos e sem falhas que revelassem a verdade sobre a minha vida.
A minha saída do armário teve 3 momentos:
Um primeiro momento em que fui obrigado a sair do armário para não perder a amizade de uma linda mulher e amiga;
Um segundo momento em que tive de sair do armário para recuperar uma grande amizade de adolescência deteriorada pela distância e pela ocultação de uma parte de mim;
Um terceiro momento, e mais importante, em que tive de confrontar o filho perfeito com uns pais esforçados e dedicados.
Mas isto partilho com vocês amanhã!
Muito obrigado a todos pelos incentivos, conselhos e sugestões.
Pensando melhor, acho que agora já me sinto mais inteiro, mais livre, mais eu!
Depois de alguns momentos (poucos) de mais stress e emoções à flor da pele, eis que não me sinto diferente!
Bem... tenho de confessar que me sinto um pouco mais leve, mas não diferente!
Este sentimento tenso que afinal (não) pula asim tanto cá dentro deve ser consequência de um "desarmariar" tardio, que já não se compadece com as emoções explosivas da juventude.
Sair do armário aos 31 anos não é com toda a certeza igual ao fazê-lo às 16, 18 ou 20 anos! Afinal também para isto a experiência de vida conta e dá-nos outra segurança.
Ao longo da nossa vida vamos lendo, ouvindo e pensando neste momento que em fases diferentes da vida acaba por nós encontrar. Lemos histórias mais ou menos trágicas, descrições mais ou menos inflamadas, ouvimos músicas que nos impelem a sermos mais honestos e a viver com maior segurança e sinceridade, vemos filmes e peças de teatro que nos inspiram os sentidos e desafiam a nossa vontade... Mas comigo não foi assim!
Obviamente que me sinto mais leve... mas não diferente como li em tantos textos e imaginei tantas vezes. Sinto-me "anormalmente normal" e calmo!
Confesso que mais do que uma necessidade emocional, senti vontade de assumir a minha sexualidade porque estava estava a ficar asfixiado com as mentiras e as meias verdades, a ocultação de momentos importantes da minha vida e a esquizofrenia de um vida dupla.
Para quem (mente) ou oculta a sua sexualidade de amigos e familiares mais chegados, sabe que esta mentira é um bicho feio, pegadiço e cheio de garras que vai crescendo, fica mais forte e começa a conquistar terreno em todos os planos da nossa vida.
Esta foi a minha principal motivação! Conseguir respirar livremente, não ter de ocupar o cérebro com histórias e esquemas perfeitos e sem falhas que revelassem a verdade sobre a minha vida.
A minha saída do armário teve 3 momentos:
Um primeiro momento em que fui obrigado a sair do armário para não perder a amizade de uma linda mulher e amiga;
Um segundo momento em que tive de sair do armário para recuperar uma grande amizade de adolescência deteriorada pela distância e pela ocultação de uma parte de mim;
Um terceiro momento, e mais importante, em que tive de confrontar o filho perfeito com uns pais esforçados e dedicados.
Mas isto partilho com vocês amanhã!
Muito obrigado a todos pelos incentivos, conselhos e sugestões.
Pensando melhor, acho que agora já me sinto mais inteiro, mais livre, mais eu!
Written by Bruno
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6 comentários:
Nem imaginas como fico satisfeito ao ler este texto, pois ele reflecte a normalidade de "desarmarização"; e é natural que não te sintas diferente, mas te sintas "melhor" contigo próprio.
Aguardando o próximo capítulo...
Um abração.
É um peso que nos sai da cabeça, não? Eu que o diga... O facto das minhas irmãs terem descoberto sozinhas e apoiarem-me é um alivio enorme. Com os amigos, esses se o são que remedio tem de aceitar...Mas qdo toca à familia é sempre mais complicado. Falta a mamã...mas essa não vai saber, não tenho coragem.
Olá, Pinguim
Pois que agora já me sinto mais leve, fresco e solto... quase, quase tipo slogan da Evax! lol
A conversa segue já a seguir.
Abraço
gaybriel e peter,
Com a família é mais complexo... Mas para mim foi o recuperar de uma confiança, partilha e à vontade já muito manipulado. É tão bom conseguir ser "eu" outra vez depois de tantos anos.
Abraço e obrigado pela visita.
Verás que te sentirás melhor, bem melhor, daqui para a frente.
Passo a passo...
o melhor mesmo é que ficaste mais leve, mais tu. e isso é muito bom, por muito que custe.
abraço
Pessoalmente não tinha nenhuma necessidade de me sentir diferente, mas quando se evita durante tanto tempo esta decisão os sentimentos ganham outra dimensão.
Mas estou bem, feliz e muito calmo.
Obrigado graduated e paulo
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