Recebi esta mensagem num e-mail de uma amiga e resolvi compartilha-la com vocês... será que vale a pena pensar nisto!?!
Escreveu Filomena Mónica em "Cenas da Vida Portuguesa" que a modernidade começou para nós quando a burguesia perdeu a vergonha e começou a exibir o seu novo-riquismo, aproveitando a queda de Salazar da cadeira. Foram as festas Pãtino, de Schlumberger ou do empresário Vinhas.
Este jet-set aparolado recolheu-se quando a revolução irrompeu, madrugada de Abril fora. Os capitães saídos do mato africano tomaram o poder e o povo juntou-se-lhes. Com o PREC e as nacionalizações a burguesia, criada à sombra da ditadura, emigrou para outras paragens com medo dos Zés Diogos e das Catarinas Eufémias.
O 25 de Novembro repôs a ordem capitalista, o FMI pôs-nos na linha e, já com Cavaco, a burguesia ressurgiu, ou, melhor dizendo, o refugo da velha burguesia conquistou os media cor-de-rosa; foram as cinhas, as pipinhas, as kikas, as lecas e por aí fora. Os ricos do pós-revolução, Belmiros e Jardins Gonçalves, sabem que a discrição é a melhor forma de estar, numa sociedade onde se acentua o fosso entre ricos e pobres.
A política foi invadida por oportunistas da pior espécie, uns saudosistas do passado das festas Patino e da glória desse jet-set, outros inventados na democracia popularucha que vive à sombra da falta de escolaridade deste povo, e que se envolve em tramas negociais cuja seiva é o dinheiro do Estado: uns e outros têm um discurso que faz apelo a velhos valores e reduzem a salvação da pátria à sua sebastiânica intervenção de seres messianicamente esclarecidos.
Santana Lopes junta, na perfeição, os dois mundos; inculto, irreverente, narcisista, alia o discurso dominante dos media actuais - vazio, efémero, populista, que junta o chavão à singularidade do raciocínio utilitário ? ao padrão burguês da aldeia da roupa branca. O velho povo gosta desta mistura e os jovens idolatram o género onde tudo parece fácil e se resume a um comentário televisivo de três linhas, para o qual não foi preciso estudo, saber e preparação.
Vai começar assim uma nova República em Portugal: a dos Teletubies, onde seres coloridos se passeiam por uma terra plena de verde, embainhada de flores de plástico; a música será de Chopin - violinos, claro, - e os cartazes e a propaganda invadirão estradas e caminhos. Força, Portugal!
Este jet-set aparolado recolheu-se quando a revolução irrompeu, madrugada de Abril fora. Os capitães saídos do mato africano tomaram o poder e o povo juntou-se-lhes. Com o PREC e as nacionalizações a burguesia, criada à sombra da ditadura, emigrou para outras paragens com medo dos Zés Diogos e das Catarinas Eufémias.
O 25 de Novembro repôs a ordem capitalista, o FMI pôs-nos na linha e, já com Cavaco, a burguesia ressurgiu, ou, melhor dizendo, o refugo da velha burguesia conquistou os media cor-de-rosa; foram as cinhas, as pipinhas, as kikas, as lecas e por aí fora. Os ricos do pós-revolução, Belmiros e Jardins Gonçalves, sabem que a discrição é a melhor forma de estar, numa sociedade onde se acentua o fosso entre ricos e pobres.
A política foi invadida por oportunistas da pior espécie, uns saudosistas do passado das festas Patino e da glória desse jet-set, outros inventados na democracia popularucha que vive à sombra da falta de escolaridade deste povo, e que se envolve em tramas negociais cuja seiva é o dinheiro do Estado: uns e outros têm um discurso que faz apelo a velhos valores e reduzem a salvação da pátria à sua sebastiânica intervenção de seres messianicamente esclarecidos.
Santana Lopes junta, na perfeição, os dois mundos; inculto, irreverente, narcisista, alia o discurso dominante dos media actuais - vazio, efémero, populista, que junta o chavão à singularidade do raciocínio utilitário ? ao padrão burguês da aldeia da roupa branca. O velho povo gosta desta mistura e os jovens idolatram o género onde tudo parece fácil e se resume a um comentário televisivo de três linhas, para o qual não foi preciso estudo, saber e preparação.
Vai começar assim uma nova República em Portugal: a dos Teletubies, onde seres coloridos se passeiam por uma terra plena de verde, embainhada de flores de plástico; a música será de Chopin - violinos, claro, - e os cartazes e a propaganda invadirão estradas e caminhos. Força, Portugal!
Enfim... cenas da política à portuguesa!
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